14 de março de 2011

Presente.

Agora eu aprendi que o tempo não cura, ele apenas adormece o que você já sentiu um dia. Se ele curasse mesmo nada disso que está acontecendo viria um dia acontecer, mas como em um passe de mágica tudo voltou com uma força que eu não imaginei que pudesse acontecer. Quando eu tinha a certeza que você já não significava mais nada em minha vida, apenas não passava de um passado mal resolvido, você me volta mas volta de uma forma que eu não estava preparada para lidar, apesar das minhas certezas terem sido tão grandes tudo virou pó, a certeza que eu acreditava ser verdadeira se tornou irreal em um segundo. Quando você estava lá, sentando e me abraçou eu tive que controlar todos os meus músculos e todos os meus pensamentos para não cometer um erro, e foi naquele instante que eu senti meu coração pulsar mais forte e senti minhas pernas trêmulas e não tive outra reação a não te abraçar de novo, sabendo que ali podia ter sido o nosso último abraço.
Com o passar do tempo você foi chegando com aqueles mesmos assuntos que nos sondavam antigamente, você sempre com aquele mesmo discurso de me enrolar facilmente, fazendo eu cair na sua rede como um peixe tonto e bobo. Eu como sempre me rendi aos seus encantos, a seus cantos e a seus belos recantos. Você sempre foi o meu terceiro, já me apareceu pela terceira vez depois de tanto tempo, isso me atormenta pois é rotineiro pensar em você e pensar na música do Chico Buarque, é como se fossem calmantes para os meus nervos que ficam a flor da pele só de pensar que você estar por perto e eu nem posso te alcançar.
Hoje o que me restam são lembranças de um passado que está tão perto do presente, que eu prefiro acreditar que ele ainda é o presente. Que eu até prefiro nem chamar de passado, você é meu presente, aquele que participou da minha infância inútil e que está comigo até os dias de hoje, e que esse presente se torne eterno

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