Folhetim.
Se acaso me quiseres
Sou dessas mulheres
Que só dizem sim
Por uma coisa à toa
Uma noitada boa
Um cinema, um botequim.
Cada verso meu.
eu sei que você me quer, e não finge não querer
dessas, que você sempre encontrou
dessas mesmo, que você está imaginando
é, qualquer coisa pode me ganhar fácil
até mesmo se for, uma boa dança, ou um amor na cama
ou uma coisa romântica, ou uma coisa grosseira como você.
E, se tiveres renda
Qualquer coisa assim
Como uma pedra falsa
Um sonho de valsa
Ou um corte de cetim.
mas se a sua conta for grande
aah, eu aceito um presente sim
ou, qualquer coisa do gênero
como aquele brilhante falso que você ia dar a sua mulher
ou uma mera dança
ou aquele vestido, daquela vitrine daquela loja.
E eu te farei as vontades
Direi meias verdades
Sempre à meia luz
E te farei, vaidoso, supor
Que é o maior e que me possuis.
te darei tudo o que você quiser
direi quase verdades, e quase mentiras
(...)
e encherei o seu ego, só para te deixar mais nas alturas
mentirei, dizendo que és o único na minha vida, e que não há outro.
Mas na manhã seguinte
Não conta até vinte
Te afasta de mim
Pois já não vales nada
És página virada
Descartada do meu folhetim.
não pense em me tocar
não ouse me olhar
porque você não se passa de apenas mais um
que ficou para traz, assim como tantos outros também já ficaram
e que hoje, já não fazem parte da minha história.
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