8 de fevereiro de 2011

som, ritmo e história.

Me desculpe se você gosta, mas não se fazem músicas como antigamente. Antigamente que eu digo é as do tempo em que a minha mãe era jovem, e tinha a minha idade ou um pouco mais. Aquelas sim eram músicas que eram dançantes, e mesmo assim ainda continham letras decente.
Não sei se você sabe mas eu sou louca pelo cantor, compositor, gênio, perfeito Chico Buarque. Ele sim era um homem de verdade, onde lutava pelo direitos de todos, onde ia para frente das manifestações e colocava cara a tapa, até que teve que se exilar em Roma, para não acabar como tantos outros gênios que faleceram naquela época de repressão, naquela época onde tudo era visto como errado, onde as pessoas eram obrigadas a não pensar, em não ter palavra e se tivesse de algum modo seria punido e se não fosse sua família pagaria pelo seu ato de "desonra" a seu país. É, essa é uma época que eu não entendo muito bem pelo fato de eu não conseguir entender o pensamento das pessoas repressivas, mas o que importa é que isso tudo já acabou.
Acho que não conseguiria lidar com certos fatos apresentados na letra de "No woman no cry" com a versão de Gilberto Gil, não conseguiria ver amigos presos e sumindo para nunca mais voltar, de coisas perdidas, de sonhos perdidos... Não sou tão forte quanto um dia eu imaginava ser. Sou fraca. Sou pega pelos meu sentimentos, e esse é um dos meus pontos fracos, infelizmente.
Música para mim é como se fosse meu combustível diário, onde as letras soam como o motor de um carro, e a melodia como o combustível, que é de extrema necessidade para não deixar o carro morrer. Isso parece até bobo, mas não consigo me imaginar sem as letras de Chico Buarque dentro de mim, as suas melodias, os seus poemas musicados e de perfeita sincronia. Cheios de detalhes pequenos que unidos dão um ar de graça infinitamente inigualável.

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